domingo, 5 de julho de 2009

Por que reivindicamos o Passe livre?

Passe Livre é direito à educação!

Para que o direito à educação seja real é necessário que seja garantido aos estudantes de todos os níveis o transporte gratuito. Em Maringá (e várias cidades do país) isto já é realidade. Em nossa cidade, porém, o Passe Livre só aparece na boca dos politiqueiros em época de eleição, para atrair o voto dos jovens. Ou vem deformado em propostas como o Passe Livre Social, em que só tem direito quem provar que vive na extrema miséria e mora a quilômetros da escola. Lutamos também para que os desempregados tenham transporte gratuito.
Só conquistaremos o Passe Livre com a nossa própria força e organização! É preciso montar Comitês pelo Passe Livre, Redução da Tarifa e Estatização em cada bairro, em cada colégio e faculdade. Esta luta é de todos estudantes e trabalhadores!

Por que tem que ter lucro na tarifa? Estatização já!

Se o transporte é um serviço público e é um direito, por que a tarifa é tão cara? A resposta está no lucro que apenas duas empresas embolsam cada vez que um passageiro passa pela catraca.
Mas quem trabalha de verdade? São os motoristas, cobradores, mecânicos, e demais funcionários. O que fazem os patrões? Apenas exploram os trabalhadores do transporte e usuários que pagam tarifas abusivas.
Por que o “poder público” não faz nada? Por que existe um conluio entre empresários e políticos (prefeito e vereadores), em que verbas para campanha e caixa 2 depois das eleições se transformam em proteção para a Grande Londrina e Francovig.
Para acabar com isso, defendemos que as empresas de transporte devem ser estatizadas e controladas pelos próprios trabalhadores e usuários. Chega de sacrificar milhares de trabalhadores e estudantes para beneficiar só duas empresas.

Punição aos verdadeiros culpados pela morte de Anderson Amaurílio

No ato do dia 20 de junho de 2007, além de estarmos nos manifestando a favor do passe livre a estudantes e desempregados, diminuição da tarifa, e da estatização do transporte público, nos reportamos a Anderson Amurílio que foi atropelado no dia 13 de junho de 2003 por um ônibus em uma manifestação do passe livre, na saída do terminal central de Londrina. Anderson morreu 11 dias depois (24/06/2003).

A ULES, na época, tentou responsabilizar os manifestantes, porém somente o motorista (que estava cumprindo ordens) foi punido. Estes atos nos fazem acreditar na força de uma juventude e de trabalhadores organizados. Nossa tarefa é difícil? Sim! Muito difícil, mas não impossível. E por isso juntamos nossas forças com todas as manifestações que movimentam o país por liberdade de expressão e justiça!

Queremos punição aos verdadeiros culpados da morte de Anderson Amaurílio: Prefeito Nedson Micheletti, que orientou a polícia pra cima de manifestantes, que fechavam o terminal; Presidente da CMTU Wilson Sella, que ordenou a policia liberar o terminal a qualquer custo; e o tenente coronel Rubens Guimarães, que comandou a ação para que o ônibus avançasse sobre os manifestantes.

Pedimos justiça pela vida de Anderson! E pedimos justiça a nós população por mais esse abuso absurdo na tarifa de ônibus. Quanto mais forte o nosso grito... maior a certeza de que estamos sendo ouvidos!

E a luta continua...

2 comentários:

  1. A ULES NA EPOCA TENTOU RESPONSABILIZAR OS MANIFESTANTES? Quanta desinformação e mentira , os culpados pela morte do Anderson foi o comando da policia, e os irresponsáveis que levavam pessoas com deficiência mental para passeatas que era o caso do Jovem Anderson

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  2. Agora que vi esse comentário, é preciso responder.
    Sim, a ULES responsabilizou o movimento e estava mancomunada com a prefeitura. A ponto de seu presidente (o mesmo André que comentou aqui) ter assumido uma multa de trânsito do prefeito Nedson (PT), que alegou que o presidente da ULES que estava dirigindo o carro do prefeito. No comentário seguinte volta-se a criminalizar o movimento ao culpar "os irresponsáveis que levavam pessoas com deficiência mental para passeatas que era o caso do Jovem Anderson". Desconsidera-se que apesar da deficiência de Anderson ele participava conscientemente de todas as lutas, de camelôs, estudantes. Ninguém o levou, ele mesmo ia aonde queria, exercendo seu livre direito de ir e vir e de manifestação. E, ele não morreu por sua deficiência, mas pela ação criminosa da PM, comandada pelo tenente coronel Rubens Guimarães, com ordem direta do Wilson Sella e do Prefeito Nedson.

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