domingo, 5 de julho de 2009

Cronologia das Lutas

01/12/2002 Aumento de tarifa de R$1,15 para R$1,35, sob o governo de Nedson/PT

23/05/2003 prefeito anuncia aumento de 18,5% na tarifa, subindo de R$1,35 para R$1,60. Ministério Público suspende aumento, para analisar planilha.

29/05/2003 Manifestações começaram na UEL convocadas pelo DCE. Há concentração em frente ao RU (restaurante universitário), os estudantes entram nos ônibus com bumbos, tambores, chegando ao centro pulam a catraca. Fazem marcha pelo calçadão em direção ao terminal. Lá ocupam uma faixa do terminal e terminam o ato cercando o terminal, gritando “mãos para o alto! R$1,60 é um assalto!” MP diz que aumento é ilegal, pois é o segundo em menos de um ano.

01/06/2003 aumento começa a vigorar

02/06/2003
jornais divulgam que CMTU é empresa de conomia mista e a principal empresa de transporte é acionista da CMTU. Ou seja o órgão que decido o aumento e fiscaliza a planilha também é da empresa. Estudantes realizam panfletagens, manifestações e buscam adesão de trabalhadores.

03/06/2003
Manifestações na UEL, bloqueio de rodovia e protesto no terminal, com 2 estudantes detidos, levados à delegacia e liberados em seguida pela polícia.

05/06/2003 O movimento se concentra na Câmara dos vereadores – Diante da recusa dos vereadores em se posicionarem publicamente sobre o aumento, são chamados de covardes pelos estudantes que lotavam as galerias. Uma universitária os desafia a se manterem com R$240 por um mês indo de ônibus até a câmara. Da câmara os manifestantes pularam catracas e foram até o terminal, bloqueando o terminal a partir das 17h45. A população foi convidada a entrar sem pagar, muitos aderiram. Depois de 2 horas o local foi liberado. Os estudantes negociaram um ônibus para irem até a universidade.

06/06/2003 Justiça nega liminar do MP que suspenderia aumento. Secundaristas organizam manifestações durante todo o dia, fecham o terminal no horário do almoço, paralisando cerca de 100 ônibus. No meio da tarde conseguem ir de ônibus até a prefeitura. Lá não são recebidos pelo prefeito. Quando um grupo se dispersa, chega outro de outros colégios. Voltam ao terminal pulando catraca. As manifestações seguem intercaladas até a noite. Policial agride um manifestante e um secundarista é detido temporariamente acusado de vandalismo. Tropa de choque retira manifestantes a força e libera a saída do terminal.

09/06/2003 Audiência pública discute o aumento da tarifa. Muitos estudantes são impedidos de entrar. Os que entram são revistados por policiais que impedem até instrumentos musicais. Os que estão dentro dizem que se a audiência não for de fato aberta eles ocuparão a câmara. O acesso continua restrito e vereadores encerram a audiência. Manifestantes ocupam a câmara. Durante a noite presidente da câmara deixa o ar ligado no mais frio e impede a entrada de comida.

10/06/2003 Polícia forja coquetéis molotov, atribuindo-os ao movimento, para dizer que os estudantes eram perigosos e violentos. Prepara-se um endurecimento do tratamento da polícia. Estudantes desocupam a câmara, conseguem reunião com prefeito que defende intransigentemente a tarifa de R$1,60. Ao sair da prefeitura, manifestantes pulam catracas e continuam as manifestações.

11/06/2003 Na saída dos colégios, secundaristas partem em marcha e se concentram em frente ao terminal, fecham as saídas por 10 minutos e ocupam o terminal, indo para suas casas. Avisam que as manifestações só vão parar com o fim do aumento.

12/06/2003 Estudantes voltam a fechar o terminal no horário do almoço. Secretário de transportes, Wilson Sella, vai pessoalmente até o protesto para dispersar os estudantes.

13/06/2003 Secundaristas partem dos colégios e fecham o terminal. Polícia faz cordão de isolamento para liberar a saída dos ônibus. O cordão é insuficiente e se rompe. Estudantes colocam-se na frente dos ônibus, para impedi-los de sair. Os policiais tentam retirar os manifestantes, ao puxarem Anderson Amaurílio ele se desequilibra e cai. O ônibus avança e o atropela. Anderson é socorrido precariamente pelos policiais. Revoltada, a população começa a apedrejar o ônibus. A tropa de choque é convocada e dispersa o protesto.

15/06/2003 ropa de choque começa a “guardar” o terminal para evitar manifestações.
A cidade amanhece com um protesto silencioso, corpos desenhados em branco no asfalto, lembrando o atropelamento.
A partir do 12h movimento faz marcha exigindo redução da tarifa, solidarizando-se com Anderson e responsabilizando o prefeito, o secretário e o tenente-coronel pelo atropelamento. O manifestante ainda estava internado em estado grave. Manifestantes marcham até a prefeitura e entregam manifesto ao prefeito e vereadores. A marcha passa pela secretaria de transporte, onde ocorre um “escrache” com lançamento de bexigas com tinta.

17/06/2003 mais uma manifestação pela redução da tarifa e panfletagem de material explicando à população sobre o atropelamento de Anderson, mostrando que a culpa foi do prefeito, do secretário e do tenente coronel.

24/06/2003
Anderson Amaurílio da Silva morre. Os estudantes secundaristas refluem, a polícia tenta acusar alguns de terem empurrado Anderson. O movimento insiste em panfletagens e tentativas de ampliar base do movimento.

03/07/2003 – 4 manifestantes são presas ao pularem catraca em frente ao colégio. São enquadradas no artigo 262.

04/07/2003 Dia municipal do pula catraca – No fim da noite, depois de vários manifestantes irem para a escola e para suas casas pulando catracas, 16 estudantes entram num ônibus, partindo da uel para o centro. Eles não pularam a catraca, mas só admitiam pagar R$1,35. Ao chegar ao terminal o motorista os leva direto para a delegacia, eles ficam por 4 horas dentro do ônibus, sem poder sair. Ao descerem tiveram de prestar depoimento e foram indiciados. Ficaram detidos até as 6h da manhã. O crime seria a “perturbação do funcionamento do transporte público” artigo 262. A audiência foi marcada para 18 de novembro. A empresa retirou a queixa.

2004 não há aumento na tarifa para não prejudicar reeleição de Nedson
2005 aumento é realizado na primeira semana do 2º. Mandato de Nedson. Estudantes estão desarticulados

Janeiro de 2005 Rearticula-se a luta local, com a criação do Comitê pelo Passe Livre, Redução da tarifa e Estatização do Tansporte Coletivo. São realizadas panfletagens, discussões, debates e algumas manifestações na UEL. No ano são realizados 2 Festivais Passe Livre.

26/10/2005 – Manifestação do Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre, marcha até o terminal. Com
fechamento parcial, distribuição de jornal e contato com a população. Organizado pelo Comitê pelo Passe Livre, Redução da Tarifa e Estatização do transporte Coletivo. Reivindicação de punição aos verdadeiros culpados pela morte de Anderson Amaurílio.

23/11/2005 – Manifestação de luta pelo passe livre, partindo de colégios secundaristas e universidade com bandeira gigante, chegando à prefeitura, onde uma catraca foi queimada.

Janeiro de 2006 Nedson decreta mais um aumento, agora para R$2,00. Nas férias, para evitar a revolta dos estudantes.

08/01/2006 (domingo) aumento começa a vigorar

09/01/2006 Manifestantes fecham o terminal. Manifestações se repetem até o dia 13 de janeiro. Empresa

26/04/2007 Manifestação no calçadão de Londrina. Alerta à população sobre o aumento planejado para as férias.

20/06/2007 Manifestação contra a Criminalização dos Movimentos Sociais

2007, 2008 e 2009 – Organização de lutas contra todos os anúncios de aumento, denúncia da corrupção na câmara (mensalinho aos vereadores), corrupção da direção do SINTROLL, sindicato dos motoristas e cobradores; campanha contra a demissão de cobradores.

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