segunda-feira, 15 de março de 2010

Calendário de Mobilizações - Março 2010

Convidamos a todos a participarem das atividades realizadas essa semana na UEL - Universidade Estadual de Londrina. E em especial, das seguintes atividades:

Quinta - 18/03 - 14h no Restaurante Universitário - UEL: Oficina de confecção de cartazes: Ocupar a atividade e propor que a produção dos cartazes desemboque em uma colagem com o intuito de informar e discutir questões como o aumento abusivo na tarifa dos transportes ou a redução das vagas na moradia estudantil.

Sexta - 19/03 - Assembléia estudantil - 17h sala 103 - CCH: propor ações que permitam a continuidade das lutas concretas.

Na segunda, terça e quarta haverão mesas de debate às 19 na sala 101 do CCH, os temas são Educação, trabalho e produção científica.

Ação direta

Quem tolerar uma injustiça hoje, enfrentará um mundo injusto amanhã.

A história da luta dos estudantes e trabalhadores mostra que as grandes conquistas sociais são provenientes de períodos em que o povo se organizou e exigiu seus direitos: trancou as ruas, pintou os muros, fez protestos e outras ações que deixaram claro a força que a maioria tem.

No sistema capitalista, entretanto, o lucro precede as pessoas e permite que poucos privilegiados monopolizem os recursos materiais e intelectuais. O Estado se apresenta como defensor de todos, mas, na prática, é instrumento dessa minoria que também financia e controla os grandes meios de comunicação.

Não é a toa que a tarifa do transporte coletivo em Londrina já atinge o abusivo valor de R$2,25. Nem é por acaso que os estudantes da CEUEL que lutaram por direitos garantidos pela Constituição, o acesso e permanência na educação, foram duramente reprimidos em Londrina.

Nesse contexto, como conquistar nossos direitos? Como garantir transporte coletivo, saúde e educação que sejam integralmente públicos e gratuitos?

A resposta dos dominadores é clara: “é impossível qualquer mudança, logo, contentem-se com o que é possível: a fome, a miséria, o desemprego e a péssima qualidade dos serviços públicos”.

Mas a nossa reposta também é clara: o amanhã é incerto, mas se nos organizarmos hoje e agirmos diretamente em defesa de nossos interesses as possibilidades de encontrarmos dias melhores serão muito maiores.

Por isso propomos a ação direta. Estamos cansados de esperar a boa vontade de uns poucos e não vamos nos contentar com qualquer migalha. Ação direta, portanto, é a capacidade popular de atuar diretamente em defesa de seus interesses, sem intermediários como os políticos, as eleições ou a justiça. E de forma autônoma demonstrar a inevitável insatisfação e pressionar para que nos dêem o que é nosso.

Não se cale! Demonstre sua força!

Direito a Educação

Retomar a luta pela moradia estudantil!

Durante o ano de 2009, a principal luta do Movimento Estudantil da UEL foi contra a redução de vagas da Moradia Estudantil, imposta pela reitoria.

Foi prometido aos estudantes uma casa de 140 vagas, mas entregue apenas 80. Com o início da resistência, a reitoria criminalizou o movimento, inventando que não era composto por estudantes, abrindo processos e enviando a polícia. Estudantes foram presos, ameaçados e agredidos. Com a luta, a reitoria teve que reconhecer que as reivindicações eram justas: contra a redução e pela ampliação das vagas, recuperação do patrimônio estudantil, fim dos processos movidos contra os estudantes em luta e fim do bloqueio à representação discente em todas as instâncias da universidade.

Os burocratas da UEL não entendem a moradia como um direito, mas como uma esmola aos miseráveis. Para eles, nossas reivindicações são caso de polícia. A maior concessão foi a aprovação de algumas bolsas moradia até o próximo processo seletivo (Abril de 2010). Os estudantes denuciaram as saídas assistencialistas e afirmaram a moradia enquanto direito. Os estudantes da resistência fizeram uma assembléia que decidiu desocupar o prédio e aceitar a bolsa, concordando em destinar parte da bolsa para financiar o movimento constituído durante a ocupação.

Após os 232 dias de resistência, por meio da ação direta, conseguimos divulgar por toda a cidade a luta pelo direito à Educação e impor a aceitação da representação discente nos Conselhos.

É hora de retomar o movimento. Mais um processo seletivo para a moradia será aberto e estudantes ficarão de fora, pois a redução de vagas permanece. Reverter este quadro depende de nossa organização.

R$2,25 é um assalto!

Você vai ficar calado?!

O prefeito Barbosa Neto aumentou a tarifa nas férias porque sabe que em período de aulas os estudantes não aceitariam calados este abuso. Os politiqueiros e empresários já tramam novos ataques, propõem a tarifa a R$1 aos domingos e querem que os próprios usuários a paguem durante a semana, aumentando novamente a passagem.

É hora de ir às ruas e mostrar que não aceitamos nenhum centavo a mais. Temos que ir além, fazer como os estudantes de Salvador (Revolta do Buzu) e Florianópolis (Guerra da Tarifa) que fecharam ruas, bloquearam terminais, pularam catracas e somando-se aos trabalhadores tiveram conquistas.

O transporte não deve ser uma mercadoria, como direito deve ser público e gratuito para todos. Por isso defendemos a estatização sob o controle dos trabalhadores e usuários.

A organização na UEL, nos centros acadêmicos, DCE e comitês é fundamental. É preciso partir da universidade para os colégios e bairros. Participe!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Calendário de luta

Sábado (13/03), 15h, no DCE do Centro (Rua Piauí esquina com Hugo Cabral): Reunião do comitê de luta contra o aumento da tarifa do transporte coletivo: em pauta: planejamento das próximas ações diretas.

Participem!!!

Obs.: Calendário atualizado em 04/03/2010