segunda-feira, 15 de março de 2010

Ação direta

Quem tolerar uma injustiça hoje, enfrentará um mundo injusto amanhã.

A história da luta dos estudantes e trabalhadores mostra que as grandes conquistas sociais são provenientes de períodos em que o povo se organizou e exigiu seus direitos: trancou as ruas, pintou os muros, fez protestos e outras ações que deixaram claro a força que a maioria tem.

No sistema capitalista, entretanto, o lucro precede as pessoas e permite que poucos privilegiados monopolizem os recursos materiais e intelectuais. O Estado se apresenta como defensor de todos, mas, na prática, é instrumento dessa minoria que também financia e controla os grandes meios de comunicação.

Não é a toa que a tarifa do transporte coletivo em Londrina já atinge o abusivo valor de R$2,25. Nem é por acaso que os estudantes da CEUEL que lutaram por direitos garantidos pela Constituição, o acesso e permanência na educação, foram duramente reprimidos em Londrina.

Nesse contexto, como conquistar nossos direitos? Como garantir transporte coletivo, saúde e educação que sejam integralmente públicos e gratuitos?

A resposta dos dominadores é clara: “é impossível qualquer mudança, logo, contentem-se com o que é possível: a fome, a miséria, o desemprego e a péssima qualidade dos serviços públicos”.

Mas a nossa reposta também é clara: o amanhã é incerto, mas se nos organizarmos hoje e agirmos diretamente em defesa de nossos interesses as possibilidades de encontrarmos dias melhores serão muito maiores.

Por isso propomos a ação direta. Estamos cansados de esperar a boa vontade de uns poucos e não vamos nos contentar com qualquer migalha. Ação direta, portanto, é a capacidade popular de atuar diretamente em defesa de seus interesses, sem intermediários como os políticos, as eleições ou a justiça. E de forma autônoma demonstrar a inevitável insatisfação e pressionar para que nos dêem o que é nosso.

Não se cale! Demonstre sua força!

Nenhum comentário:

Postar um comentário