quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Denúncia: CMTU impede divulgação de manifesto contra demissão de cobradores


Na manhã desta quinta feira dia 18 de agosto, membros do Comitê pelo Passe Livre, redução da tarifa e estatização do transporte público foram impedidos pela segurança privada contratada pela CMTU de distribuir um manifesto (anexo) no terminal urbano do Vivi Xavier.

O panfleto denuncia o ataque dos donos do transporte e da prefeitura contra o emprego dos trabalhadores e a segurança da população mediante a extinção do cargo de cobrador e chama à unidade da população usuária com os trabalhadores para resistir a esta violência.

Ao se iniciar a distribuição do manifesto do Comitê, um segurança abordou de maneira violenta os que estavam realizando a atividade afirmando ser proibida a distribuição sem autorização da CMTU. Ao argumento de que aquele era um espaço público e que a Constituição Federal garante a liberdade de expressão o segurança afirmou que mesmo assim não poderíamos distribuir o manifesto, passando a coagir ostensivamente, até o momento de arrancar violentamente os materiais.

Posteriormente o mesmo segurança (de uma empresa particular) abordou outro membro do Comitê que já havia recolhido os materiais na mochila, e o revistou à força, sob ameaça de prisão, confiscando a seguir os manifestos que este havia guardado. Disse inclusive que membros do Comitê já haviam sido presos outra vez e que isso poderia acontecer de novo.

Denunciamos esta brutalidade da CMTU que ao invés de proteger a população de Londrina se coloca a favor das empresas que exploram há décadas o transporte público e ainda atropelam o elementar direito de expressão garantido pela Constituição Federal.

Clique aqui para ler o Manifesto apreendido

Antecedentes:

A restrição ao direito à organização e livre expressão golpeia o Comitê pelo Passe Livre há tempos. Há uma liminar, desde 2006, da Grande Londrina contra o Comitê Pelo Passe Livre, Redução da Tarifa e Estatização do Transporte Coletivo que proíbe a realização de manifestações no terminal e garagens. E em 29 de outubro de 2007, quatro militantes deste comitê foram presos por panfletarem no terminal, recebendo agressões verbais e físicas de seguranças privados e PMs. Além de serem agredidos, responderam a um processo criminal, como se fossem os agressores. A juíza responsável pelo caso emitiu uma decisão em que passou os militantes do Comitê da condição de réus para a de vítimas: tanto da agressão policial como da restrição ao direito constitucional à liberdade de expressão, manifestação e organização. Desde então, porém, a cada distribuição de materiais informativos, os militantes são intimidados, reprimidos e ameaçados pela polícia e segurança privada do terminal.

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