sábado, 16 de janeiro de 2010

Tarifa a R$2,25!!! Só a organização poderá barrar este aumento, conquistar o passe livre e a estatização

Os aumentos covardes nas férias já viraram rotina em Londrina, mas o prefeito Barbosa Neto inovou com o “ataque surpresa”. Sem nenhuma notícia anterior na tarde de sexta-feira, dia 15 de janeiro, foi divulgado que a tarifa passaria a R$2,25 no domingo, dia 17. Isto só demonstra o quanto o prefeito já está totalmente a serviço da Grande Londrina.

O reajuste atual é de 7%, passando de R$ 2,10 para R$ 2,25. O aumento anterior, de R$ 2 para R$ 2,10 em agosto de 2009, foi de 5%. Em seis meses,a elevação na tarifa do transporte coletivo em Londrina foi de aproximadamente 12%, maior que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor do ano passado, registrado em torno de 4,18%.

Como explicar o novo aumento?

A versão da CMTU/Prefeitura:

1)houve reposição aos trabalhadores;

2)passaram a garantir na planilha os 7% de lucro para a Grande Londrina e Brasil Sul (que adquiriu a Francovig);

3) caiu o número de passageiros por conta da gripe A;

4) renovaram a frota.

A realidade:

1)A mísera reposição de 1,4% aos trabalhadores não justifica o aumento de 7,14% na tarifa.

2)É indecente acrescentar os 7% de lucro, como se até agora a Grande Londrina, do bilionário e mafioso Nenê Constantino, fosse filantrópica.

3)Só usam este argumento quando há queda, na realidade o número de passageiros é uma incógnita em que os dados apresentados não são confiáveis.

4)Em relação à frota, o que a empresa deveria explicar é porque não devolve à prefeitura os ônibus dispensados (isto está no contrato, pois pagamos na tarifa pelo veículo). A Grande Londrina lucra com a renovação pois “vende” os ônibus velhos para suas próprias empresas que atuam em cidades menores.

Mas nada disso explica este novo assalto aos trabalhadores. Todos estão cansados de saber dos vínculos das empresas de transporte com os políticos, aí está a origem dos aumentos. E é por isso que não dá para confiar nas ações dos vereadores. São brigas internas que expressam jogadas de uma empresa contra a outra.

A única maneira de barrar o aumento é reorganizar a luta. O Comitê pelo Passe Livre, Redução da Tarifa e Estatização do Transporte Coletivo deve se enraizar nas universidades, escolas e bairros. Temos que exigir o passe livre para estudantes e desempregados, o transporte é um direito, não pode ser mercantilizado; a redução imediata da tarifa e a estatização, sob o controle dos trabalhadores e usuários. Sem o lucro das empresas e as propinas dos políticos, judiciário e mídia tudo isto é possível.

Quem quiser fazer parte desta luta, entre em contato: passelivrelondrina@yahoo.com.br.

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