Recentemente foi
colocada a bandeira de “tarifa zero” entre estudantes secundaristas como
alternativa às históricas bandeiras defendidas pelo Comitê pelo Passe Livre, Redução da Tarifa e Estatização do Transporte
Coletivo em Londrina.
Desde 2005, quando
foi criado o Comitê, as bandeiras tem sido a defesa do passe livre para
estudantes e desempregados, a redução da tarifa para R$ 1,35 e a estatização do
transporte, bandeiras articulas entre si e se complementando num sistema de
reivindicações com a finalidade de organizar a ação direta dos jovens e
trabalhadores para alcançá-las. Em 2011, acrescentou-se a defesa do salario
mínimo vital para enfrentar a deterioração das condições de vida dos
trabalhadores e contemplar uma massa maior de oprimidos na organização do
Comitê.
Foi com estas
bandeiras que interviemos nas grandes ou pequenas ações de massas contra os
aumentos das tarifas e também na defesa dos empregos de motoristas e cobradores
nos últimos tempos. Estas reivindicações foram debatidas e discutidas inúmeras
vezes pelo coletivo de militantes e referendados democraticamente. O comitê é
uma frente de lutas em defesa destas bandeiras, e o que garantiu o seu
funcionamento unitário é a democracia interna e as deliberações por voto da
maioria. Por isso o surgimento da bandeira de tarifa zero, à margem do Comitê, expressa
uma postura divisionista.
Na formulação dessa
bandeira alguns simplesmente defendem uma proposta que beneficia aos
capitalistas do transporte, pois a tarifa zero terá que ser subsidiada pelo Estado,
garantindo antecipadamente dessa forma um lucro seguro aos tubarões do
transporte. Da mesma forma que hoje o sistema único de saúde, por exemplo,
garante o lucro de hospitais e laboratórios conveniados com o SUS.
Outros imaginam um
serviço público administrado pela prefeitura, sem, contudo definir como os
ônibus e oficinas passarão às mãos do governo. Mas, quando propõem o
complemento de se cobrar impostos sobre as fortunas para financiar a tarifa
zero admitem, implicitamente, que irão indenizar os capitalistas ou então
subsidiá-los.
No lugar disso o
Comitê defende a histórica bandeira do movimento estudantil de passe livre para
estudantes, mas junto com a redução da tarifa de modo a não jogar sobre as
costas do conjunto que paga o custo do passe livre, como é feito hoje. Estas
duas bandeiras se combinam com a luta pela estatização do transporte coletivo
sem indenização e sob controle dos trabalhadores e usuários, indicando de saída
que uma verdadeira solução não poderá ser alcançada pela concessão graciosa dos
empresários e dos políticos. Ao contrario, a luta pela redução da tarifa e o
passe livre se vincula à luta mais geral contra o capitalismo.
Por isso não podemos
concordar com a tarifa zero, pois ela é um retrocesso na formulação de um
programa para o movimento contra a exploração do transporte pelos capitalistas.
O Comitê pelo Passe Livre, Redução da Tarifa e
Estatização do Transporte Coletivo nunca impediu a participação de ninguém
e continua defendendo a mais ampla unidade contra a exploração capitalista do
transporte.
Só falar uma coisa... VOLTOU o busão pra R$3...
ResponderExcluirfaz sentido ficar feliz com isso e tal...
Mas... lembrem-se.. NÃO É SÓ 20 CENTAVOS!
Não pode deixar a qualidade diminuir junto com a passagem!
Tem que melhorar a qualidade também!
Tem que PRIORIZAR o transporte público!
Tem que auditar essas empresas!
http://www.youtube.com/watch?v=uTrh977gyCw