Mais um aumento arbitrário
ocorre na virada do ano em Londrina. Como no ano passado, o prefeito Alexandre
Kireff obedeceu aos barões do transporte para aumentar em 30 centavos a tarifa
alcançando absurdos R$ 2,95. Valor que ataca diretamente o bolso dos
trabalhadores londrinenses. Vale lembrar que este é o terceiro aumento em seu
mandato. O prefeito herdou a tarifa do transporte coletivo em R$ 2,20, em 2013,
quando assumiu. Em fevereiro daquele ano, no segundo mês de governo, aumentou
para R$ 2,45. Em 30 de dezembro de 2013, subiu para R$ 2,65. E agora, com um
aumento de 30 centavos a tarifa alcançou absurdos R$ 2,95. Valor que ataca diretamente o bolso dos trabalhadores
londrinenses!
Não é de hoje que o prefeito da cidade acata o aumento
exigido pelas empresas. Elas até fazemteatrinho dizendo que o valor deveria ser
bem mais alto, o que não passa de uma encenação, pois com o valor acordado já
lucramuma barbaridade. E o esquema funciona
assim: A própria empresa e seu sindicato patronal (Metrolom) elaboram a
planilha e repassam a CMTU/prefeitura. Isso é tão verdade que para termos uma
idéia, desde 2003 o valor da planilha foi questionado peloMinistério Público, e
na Comissão de Inquérito (CEI) realizada pela própria câmara em 2009 foi
evidenciado que a CMTU não tem equipe adequada para realizar o cálculo da
tarifa e nem o controle de quantos passageiros de fato
são transportados.Ademais, pelo contrato de
concessão a tarifa deve garantir o lucro doscapitalistas.
Estudantes secundaristas! A luta não acabou! Não podemos aceitar o passe livre desvinculado das bandeiras de redução da tarifa e estatização do transporte! O movimento não se dividirá!
O prefeito Kreff ao decretar o passe livre para estudantes
secundaristas alem da intenção de afastá-los da luta,dividindo dos outros
lutadores, o faz com subsídios de mais de 8 milhões por ano, quer dizer, ao invés de arrancar dos parasitas do transporte
o prefeito garante-lhes a manutenção do roubo à população.
A bandeira do passe livre para estudantes é uma bandeira histórica
do movimento estudantil. Sem ter condições de chegar a escola não há como
manter os estudos. Não podemos aceitar que a aprovação do passe livre
estudantil sirva de justificativa para aumento do valor da passagem, aumento do
subsídio e muito menos da não concessão de reposição salarial dos cobradores e
motoristas. Precisamos combinar esta bandeira a outras que fazem parte de
reivindicações importantes para a sobrevivência dos trabalhadores. Por isso
defendemos o passe livre para desempregados também. Defendemos a redução da
tarifa, o salário mínimo vital (salário que contemple as necessidades de uma
família e não o salário de fome calculado pelo governo) e a estatização do
transporte sob o controle dos trabalhadores.
Como em anos
anteriores a nossa resposta deve ser: Se a tarifa não baixar a cidade vai
parar!
Londrina, 10 de janeiro de 2015
Comitê pelo Passe Livre, Redução da Tarifa e
Estatização do Transporte Coletivo
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